Visitar Marrocos no Ramadão

Quando os planos de viagem para um país Muçulmano apanham o período do Ramadão, costumam sempre surgir muitas questões: É mais perigoso nessa altura? As lojas estão abertas? Os táxis e outros transportes locais funcionam? Há comida? Não vamos morrer de fome e de sede?

Em termos leigos e práticos, o Ramadão é um período de 1 mês em que os Muçulmanos pedem perdão pelos pecados passados e orientação divina para evita-los no futuro, baseado num jejum tipo “cura de desintoxicação” dos vícios do dia-a-dia. Isto é, do nascer ao pôr-do-sol não comem, não bebem, não fumam, não fazem sexo, não fazem nada em excesso e rezam mais vezes do que é habitual.

Já viajei em Marrocos e noutros países Muçulmanos na altura do Ramadão e deixo aqui algumas notas que espero que sirvam para sossegar os espíritos mais receosos:

Para turistas e viajantes, o principal impacto é em termos de horários e, eventualmente, algum congestionamento em meios de transporte locais (combios, autocarros, aviões), uma vez que muitas pessoas aproveitam este período para visitar familiares noutras cidades (como nós fazemos no Natal).

A maioria do comércio fica com horários mais “curtos” do que o normal. Por um lado, o cansaço de um dia sem comer nem beber não lhes permite fazer mais nada a partir de certa hora. Por outro, há que preparar e primeira refeição do dia, o Ftour, e/ou estar em casa mal o sol desapareça. Os monumentos, museus e outras atracções turísticas costumam fechar mais cedo. As lojas, mercados, souks, etc. costumam abrir mais tarde de manhã (ele tiveram de acordam antes do amanhecer para comer), começar a fechar pelas 16-17 horas e, depois do Ftour, ficar abertas até mais tarde do que é habitual.

Não há problemas em arranjar restaurantes abertos e sítios para comer durante o dia (não podia ser de outra forma num país de vive tanto do turismo), a não ser, eventualmente, em zonas de vilarejos mais remotos que, em condições “normais” já não teriam muita oferta. Nem ninguém nos olha de lado por almoçar ou lanchar, é normalíssimo. No entanto, é preciso entender que durante a hora do Ftour (fim da tarde) o serviço na maioria dos restaurantes pára. Os clientes podem ficar, mas não vão ser servidos enquanto os empregados estão a fazer a sua refeição. É um momento a respeitar.

A partir das 16:00 da tarde, os ânimos, em geral, começam sempre a ficar mais tensos no trânsito, nas negociações nas lojas, etc. Já são muitas horas sem comer, beber e fumar… e a malta explode por tudo e por nada! :) Mas a aproximação do pôr-do-sol e altura do Ftour é são momentos mágicos. As pessoas começam a correr para as suas casa, sorridentes, a desejarem-se bem uns aos outros… e a cidade pára, literalmente. A frenética praça principal de Marrakech transforma-se num grande quadrado silencioso. Durante essa hora é, de facto, o período onde não se vai conseguir arranjar nada: os restaurantes não servem, os táxis não passam. É uma boa altura para também parar, voltar ao hotel e tomar um duche ou, melhor ainda, fazer também o Ftour num dos vários cafés e restaurantes que oferecem o menu (muito bom, por sinal!). Bom, bom será ser convidado por uma família local.

Fora estas pequenas alterações de hábitos que, na minha opinião, até permitem uma experiencia de viagem diferente, não há grandes impactos. É preciso não nos esquecermos que estamos num país com culturas e hábitos diferentes, num período onde as susceptibilidades podem estar um pouco mais acesas e, como tal, as normas de “boa conduta do viajante” são ainda mais importantes.

O Ramadão é no 9º mês do calendário Islâmico, o que significa que, em relação ao nosso calendário, é um período “móvel”, não calha sempre nos mesmos dias todos os anos. É fácil encontrar na internet as datas de cada ano.

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