Devido a uma série de incidentes pessoais a minha aventura tailandesa vai ser encerrada muito brevemente. Estou, neste momento, a encerrar um dos melhores processos da minha vida, com esperança de poder regressar mais tarde. Espero poder ver estas crianças no futuro e que esse futuro seja brilhante e poderoso.
O regresso, embora feliz, não aconteceu sem peripécias. Os três dias passados em Bruxelas e Leuven serviram para pouco mais do que recuperar horas de sono. Por estar ainda no horário americano cheguei a acordar à hora do jantar (se bem que os belgas jantam cedo).
A ida para a Tailândia incluiu uma paragem pela Índia. O aeroporto de Mumbai é pequeno mas consegui contar seis pontos de segurança com máquina de raio-x e com um sistema ultra-moderno de carimbos em etiquetas facilmente removíveis nas malas. Se bem que tenho de admitir que o sistema funciona. Pessoas com etiquetas sem carimbo tiveram de voltar para trás, o que implicou mais vinte minutos de atraso. Mas o verdadeiro atraso foi causado pela monção e pelo facto dos passageiros terem de atravessar parte da pista sem protecção contra a chuva.
Bangkok não mudou, está quente e cheio de gente. Já Sangklaburi mudou imenso, a época da chuva multiplicou a quantidade de plantas e de árvores, há mais tipos de verde do que eu conhecia e claro, mais lama do que pensava ser possível.
Voltei ao meu estado selvagem, talvez com a excepção da minha roupa interior não há uma parte de mim que não tenha tido contacto com a lama. Suponho que correr à chuva com quarenta crianças e mandar balões de água dentro de uma sala de aula tem culpa parcial do meu mau estado.