O mito de pessoas carrancudas no Inverno e sorridente no Verão torna-se realidade durante invernos rigorosos. A duração e rigor dos Invernos explicam também a paixão por flores. Qualquer visita a uma casa Letã inclui sempre levar uma ou mais flores.
Em Riga, as pessoas estão habituadas a turistas. Contudo, fora da capital, há ainda pessoas que nunca viram um estrangeiro. Em geral, se houver uma língua em comum há sempre um Letão falador.
Na zona pobre da cidade, e um pouco por todo o lado fora da capital, é normal ver um ou outro homem estendido no chão e pensarmos que está morto. Mas não, deve estar apenas a sofrer os efeitos de muitos litros de vodka!
Recomendo alguma contenção ao mencionar a União Soviética. Antes da independência, conseguida apenas nos anos 90, muitos dos habitantes foram levados para campos de trabalho ou perderam familiares em campos de “re-educação”. Outro factor sensível é a minoria Russa no sul do país, que se recusa a aprender Letão. A invasão Alemã também exige algum cuidado. Se formos a contar o número de mortos em campos de concentração ou os “desaparecidos”, percebemos por que é preferível deixar que sejam os locais a mencionar certos temas.
Alguns lugares que considero valer a pena visitar:
– Cidade antiga em Riga.
– Topo da catedral em Riga.
– Jurmala, para ver o mar congelado ou fazer praia no Verão.
– Castelo com visita à masmorra, em Cecis. A cidade também vale a pena.
– A Karosta Prison, em Liepaja, uma “pousada” que permite ao visitante dormir numa antiga prisão soviética, com gritos e insultos em Russo incluídos!
– Parque natural de Gauja.
– Bauska, pelo palácio de Rundale e pela ponte de madeira.
– Sietiniezis, rochedos formados na idade do gelo.
Se visitarem a Letónia durante um campeonato mundial de hóquei no gelo, recomendo a experiência. Mas não fiquem até ao fim se a selecção nacional perder, porque eles levam as coisas muito a peito!