New York é exactamente como nos filmes. New York não tem nada a ver com os filmes. E essa não é a minha primeira impressão.
Perdi a conta das vezes em que me perdi, da quantidade de carrinhas de cachorro quente que utilizei, de quantos ratos vi no metro, de quantos edifícios antigos e pequenos vi escondidos entre arranha-céus e de quantos parques e árvores me ajudaram a recuperar as forças.
A minha primeira impressão foi a luz estranha, a falta de luz em algumas partes da cidade e o excesso de luz noutras partes. O centro financeiro tem tantos arranha-céus que só se vê a luz do sol entre edifícios, em becos ou ruas laterais. Até nos habituarmos andamos de pescoço para o ar.
A minha segunda impressão foi a luz emitida pelos anúncios na Times Square. É impossível não conseguir encontrar a Times Square, basta seguir as luzes, o barulho, os turistas.
O que mais amei em New York foi o Central Park. Para quem gosta de parques, os seus oitocentos hectares são uma visão do paraíso. No fim-de-semana há tanta gente a praticar desporto (jogging, baseball, bicicleta, patins, softball, basketball, etc)) que até me senti preguiçosa ao vê-los do meu banco de jardim a comer o pequeno-almoço.
Esperava pessoas cheias de pressa, indiferentes, stressadas mas a verdade é que sempre que precisei de direcções havia sempre alguém disponível.
Um grande truque para meter conversa facilmente é falar com ou sobre os cães. E, “já agora…” – e por aí fora.
Vou dentro de algumas horas para Boston. Como dizia o meu tio: criança sofre.