Viajar para destinos diferentes do nosso contexto habitual, traz (ou parece trazer) alguns riscos acrescidos.
O medo ficar doente com alguma coisa que se come, por demasiada exposição ao sol, por uma infecção que se apanhe, etc ou ideia de poder acontecer algum acidente, leva quase todos os viajantes a levar consigo uma pequena farmácia de viagem para, pelo menos, estar prevenido!
O que levar numa farmácia de viagem
Além dos medicamentos que, eventualmente, façam parte da nossa “dieta obrigatória” e de outros receitados ou recomendados na Consulta do Viajante, pode ser boa ideia viajar com um estojo médico básico, com uma pequena farmácia que inclua alguns dos seguintes itens:
- Analgésico e antipirético simples com Paracetamol para dores, febres, constipações e gripes. Por exemplo, Ben-u-ron.
- Normalizadores da flora intestinal e/ou antidiarreicos. Por exemplo, Ultra Levur ou Imodium.
- Anti-histamínicos e anti-alérgicos para as alergias, rinites, pós e ácaros. Por exemplo, Zyrtec ou Aerius.
- Pomada ou comprimidos analgésicos e anti-inflamatórios para dores musculares e entorses. Por exemplo, Voltaren.
- Descongestionante nasal ou soro fisiológico
- Clorídrico para os olhos (por causa de areia, pó, água salgada, vento, etc)
- Gotas para os ouvidos (otites e inflamações nos ouvidos)
- Pomada desinfectante e cicatrizante para curar pequenos cortes.
- Pensos rápidos, fita adesiva, ligaduras e compressas esterilizadas.
- Termómetro para ver a febre, não apenas para despistar sintomas da Malária como para situações mais habituais de gripes, etc.
Mas.. cada caso é um caso e cada um sabe de si
O conteúdo da farmácia e estojo de viagem vai depender muito do destino, da duração da viagem, da condição médica e bom senso de cada um. É óbvio que, alguém que tem uma doença ou sintoma crónico ou uma família que viaja com crianças e/ou idosos, deverá ter mais preocupações com o que leva desde o país de destino.
Em todo o caso, se não se vai viajar para zonas realmente isoladas (expedições no deserto ou montanha, grandes travessias de barco, etc), será sempre relativamente fácil arranjar medicação e tratamento para as maleitas mais comuns. Lá haverá pessoas que também ficam doentes!
Depois de ter sido assaltado na Costa Rica, viajei durante mais 6 meses pela América Central, América do Sul, Ásia e África sem nenhuma “farmácia portátil” e, nas raras vezes que precisei de algum medicamento, não tive dificuldades em encontrar.
ATENÇÃO
Uma farmácia de viagem, por muito completa que seja, não substituiu um bom Seguro de Viagem!
Para além das despesas com medicamentos, um bom seguro de viagem deve cobrir despesas com tratamentos, hospitalização, cirurgias e, em último caso, repatriamento sanitário para o país de origem ou para um país onde o viajante possa ser tratado.
Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço
Em casa de ferreiro, espeto de pau! Fiz este pequeno vídeo enquanto estava a preparar a bagagem para uma viagem a Bali, incluindo uma pequeníssima farmácia de viagem… :)